O Impacto do Coronavírus em Data Centers do Brasil e do Mundo
Você sabe o impacto do coronavírus em data centers do Brasil e do Mundo? O ano é 2020 e o Brasil e o mundo passam por um momento delicado por conta da pandemia de COVID-19. Causada por um novo coronavírus, a doença serve como combustível para uma crise econômica de amplitude global.
Além da discussão sobre saúde, o tema mais recorrente das mídias tradicionais tratam dos pequenos negócios locais e de autônomos, que estão sofrendo grande impacto com a situação. Assuntos relacionados à Data centers passam despercebidos pela população, mas não por aqueles que trabalham com a área, como nós e você, querido leitor.
Mesmo notícias sobre a queda da qualidade de serviços de streaming como a Netflix, que estão com sobrecarga em seus servidores, pouco é mencionado como a falta de um componente de um servidor em uma região pode afetar a entrega de um produto/serviço no mundo inteiro, por exemplo.
Mas talvez você já saiba disso. Por isso o objetivo aqui é mostrar um breve relatório sobre os data centers do mundo neste momento delicado.
O impacto do coronavírus em Data Centers do mundo
A quarentena obrigatória na China fez fábricas fecharem, resultando na falta de servidores e componentes de TI, desde o início do ano em escala global.
A Uptime Institute fez um grande levantamento de dados e ações para donos e operadores de data centers e ambientes de missão crítica pelo mundo. Dentre as mudanças que aconteceram no primeiro trimestre de 2020, vale destacar:
Os divulgadores também apontam a importância de se manter o funcionamento de data centers que em alguns locais não estão na lista de funcionamentos essenciais.
Por isso, alguns governos foram concebendo aos poucos a exceção da restrição para equipes de TI e missões críticas.
O que se pode observar é que embora ainda não sejam, por padrão, considerados essenciais, os serviços de TI e data centers estão com atenção das autoridades para manter seu funcionamento.
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A ausência nas listas de autorizações de funcionamento essenciais, está relacionada com a falta de antecipação de um problema com a escala do que está acontecendo e de como está afetando as nações.
Até mesmo serviços dos próprios governos são dependentes de data centers e por isso os olhares se mantém atentos ao setor.
O impacto do coronavírus em Data Centers do Brasil
Em primeiro lugar vale destacar o impacto por conta dessa situação e pelo Brasil ter uma economia mais fraca, em relação às potências mundiais. Por isso o Brasil sofre com as remessas globais de servidores que tiveram declínio de 3,1% no primeiro trimestre de 2020 e a receita apresentou queda de 2,5% quando comparado com 2018.
Na sequência veio o impacto direto da COVID-19 que, embora não se tenham números oficiais levantados, é perceptível que o número de novos negócios sofreu uma queda. Muito pela insegurança da situação e do que está por vir.
Outro ponto é que muitos componentes são importados, que se não afetados por fechamentos temporários de fábricas e redução de cargas horárias, são afetados pelo preço do dólar. O que dificulta ainda mais a realização de novos negócios no momento.
A internet merece atenção no Brasil
O Brasil também sente os efeitos já apresentados, no tópico de impactos no mundo, com foco no aumento do volume e na mudança das áreas de tráfego, que foram dos centros das cidades para os subúrbios.
O alerta em relação a isso no Brasil, é que as medidas de prevenção ainda estão no início (momento em que o post é escrito), então a redução de velocidade nas redes tendem a piorar.
É importante ressaltar que não adianta empresas que oferecem serviços de telecomunicações e internet ofertarem maiores pacotes de dados, pois sem infraestrutura adequada a entrega fica comprometida do mesmo jeito. E isso fica ainda mais complicado com a “descentralização” das áreas de tráfego que agora estão nos subúrbios com as pessoas em casa.
Edge Computing: Solução pode estar na distribuição
Esta crise também é uma oportunidade de transformação digital e crescimento na área de TI e de micro e pequenos data centers. Podendo acelerar a adoção da “edge computing”, que é complementar à cloud computing.
“No Brasil o impacto deve ser maior que nos países desenvolvidos, pois estamos atrasados com relação ao movimento chamado “edge computing” que no mundo todo já está em implementação.
Esta nova infraestrutura de micro e pequenos data centers, em rede, geograficamente distribuídos, visa justamente diminuir os problemas advindos de uma concentração em grandes data centers ou a chamada “cloud computing”, quais sejam: alta latência (atrasos no download e upload de dados), estrangulamento na banda de dados, inapropriado para processamento em tempo real, processamento distribuído e uso de dispositivos móveis.” – Leônidas Vieira Jr., Presidente da Specto Tecnologia
Mesmo com os números e dificuldades que foram apresentados, um mar de oportunidades está por vir e aprofundaremos as principais delas no próximo post.
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Escrito por: Leo Gustavo Mohr. Contribuição: Leônidas Vieira Júnior. Ilustração: Thiago Marçal da Silva. Revisão: Leonardo Lino Vieira